ENTREVISTA COM JOSEPH MORGAN E CHARLES MICHAEL DAVIS
Os acontecimentos de The Originals têm ficado cada vez mais intensos, com laços de amizade e de família sendo testados como nunca haviam sido antes. Klaus Mikaelson, o híbrido original, e seus irmãos Elijah e Rebekah estão mais tensos devido à criança que Hayley carrega no ventre que está sob a ameaça de vampiros, bruxas e até mesmo lobisomens.
Durante essa entrevista exclusiva concedida ao Collider, o ator Joseph Morgan conversou sobre a insanidade dos atos de seu personagem, que começou no quarto episódio da segunda temporada de The Vampire Diaries, sobre como a exploração de Klaus mudou sua perspetiva, se Klaus e Caroline podem dar certo um dia e sobre sua reação quando ficou sabendo da gravidez de Hayley. Enquanto Charles Michael Davis falou sobre como se tornou parte do seriado, trazendo um certo nível de confiança à seu personagem, e sobre como está impressionado pelo ritmo que a história tem tomado.
Confira abaixo a entrevista completa:
Joseph, pensando no passado, em como você começou essa jornada, você acha insano não somente o fato de que seu personagem tenha passado por The Vampire Diares sem acabar morto, como também tenha conseguido ser o personagem principal de outro seriado?
É loucura! Inicialmente eu era somente um convidado para quatro episódios. Claro, que sempre houve a possibilidade de me tornar regular, mas eu também poderia ser cortado caso não fizesse um bom trabalho nos quatro episódios em questão. Tem sido uma jornada incrível desde então, os fãs ficaram sabendo antes de mim sobre o spin-off, haviam trailers fan-mades no YouTube antes mesmo do projeto se tornar realidade. Tivemos mais evidência na terceira temporada, foi a partir daquela foto com todos os irmãos originais numa escada luxuosa que tudo começou. Julie Plec a enviou para Peter Roth dizendo “Os originais” e então ele disse “Temos que fazer isso”. Foi assim que tudo começou. Originalmente, filmaríamos em Chicago, mas aí surgiu New Orleans. Enfim, tem sido uma loucura completa e eu nem consigo expressar o tamanho da minha felicidade em relação ao seriado. É simplesmente tão divertido! Meu trabalho é maravilhoso! Eu amo Klaus. Em meados da terceira temporada eu conversei com a Julie e falei “Escuta, eu não quero morrer. Eu realmente quero estar em mais uma temporada. Apenas para você saber que quero fazer parte disso.” Eu continuava a pensar que tinha mais a oferecer, que o trabalho ainda não estava completamente feito e ainda tenho muito a oferecer.
Explorar Klaus dessa maneira, mudou sua percepção sobre ele?
Desde o começo, quando ele mostrou as garras no final da segunda temporada, eu sempre procurava um motivo por tudo o que ele fazia. Eu nunca pensei ”Ah, ele é malvado e veio para fazer coisas ruins e pronto.” E sim “Bem, por que ele quer fazer isso?” E ficou claro pra mim, desde sempre, que ele teve uma infância complicada. Eu sabia que ele era fruto de um relacionamento fora do casamento, ou seja, de um caso de sua mãe com outro homem e que por isso seu pai adotivo o odiava, então isso me deu armas para começar a trabalhar. Ele se sentia desajustado e inseguro, desesperado pelo amor e apoio dos pais. Cada nuance de história que os escritores me deram me ajudou a explorar mais e mais meu personagem. Klaus está sempre fazendo coisas que me surpreende e esse é o ponto crucial. Nós nunca sabemos o que ele fará a seguir, às vezes ele é muito gentil, como naquela cena da quarta temporada em que ele tem um encontro com Caroline e os dois têm aquela conversa e ele lê a carta de ambições dela que encontrou perto do lago. Aquela foi uma cena linda! E então a próxima vez que o vimos ele estava estraçalhando doze híbridos com uma espada e matando a mãe de Tyler afogada numa fonte. Esses são os dois lados dele. Seus extremos. Eu amo o fato de que sempre há uma surpresa, não importa onde ele esteja. E agora que há um bebê à caminho, ele continuará a nos surpreender a cada passo.
Charles, como você entrou para o seriado?
Foi uma coisa acidental sabe? Eu fiz teste pra The Vampire Diaries várias vezes. Eu diria cinco ou seis vezes. A primeira vez eu fui até o escritório e eu não tinha dormido, fui para conhecer os diretores de elenco e eles me perguntaram “Como está você?” e eu disse “Honestamente, eu não dormi, fiquei assistindo vídeos no YouTube a noite inteira. E em um deles um cara dizia ‘Se você quer ser bem sucedido você precisa não querer dormir. Beyoncé, certa vez, não dormiu e eu não comi.” Eu fiquei tipo “É isso aí!” então pra falar a verdade eu estou okay. E um dos diretores de elenco me respondeu dizendo “Eu tenho assistido vídeos no YoutTube também, de cachorros andando de skate.” E então eu fui almoçar e um amigo me mostrou alguns vídeos de cachorros andando de skate. Mais ou menos um ano depois disso eu fiz teste para The Following e não passei. Mais um ano se passou, uma gerente da unidade de produção de The Vampire Diaries, a qual eu havia trabalhado em um piloto cinco anos atrás, me ligou e disse “Hey, no que você está trabalhando?” E eu disse “Estou prestes a trabalhar em Grey’s Anatomy e você?” E ela disse “Estou trabalhando em The Vampire Diaries.” Eu disse “Que loucura! Eu já fiz vários testes pra eles.” Três dias depois, eu fiz outro teste e no momento que li as primeiras linhas sobre o personagem eu soube. E então liguei pra ela e disse “Nos veremos em breve.” E Joseph Morgan já interpretava o Klaus e nós dois jogamos poker uns anos atrás. Aquele foi o primeiro teste que fiz para um papel regular desde o piloto. Fiz o teste em meados de Janeiro e em 1º de Fevereiro já estava contratado.
Você deve ter ficado subitamente feliz por não ter conseguido todos aqueles papeis que fez teste para The Vampire Diaries.
Sim! E pra ser mais profundo, os testes me ensinaram sobre o destino. Cada papel que eu fiz foi porque era pra fazer e cada um que não fiz foi também por destino. Então agora é tudo mais simples não fico ansioso e preocupado como antes.
Joseph, foi decepcionante não ter todo o relacionamento de Klaus e Caroline explorado ou é divertido ainda ter esperanças de um futuro cruzamento dos seriados para que isso aconteça?
Eu acho que a razão que fez Damon e Elena tão populares em The Vampire Diaries e a razão por tantas pessoas desejarem eles juntos foi exatamente porque o romance não aconteceu por um longo tempo, mas quase aconteceu inúmeras vezes, um sempre estava provocando o outro. Então, eu acho que desenvolver um relacionamento assim é muito interessante, mas em algum momento você terá que dar aos fãs o que eles querem. Isso não pode ser um processo sem fim. Não acho que algo deveria ter acontecido mais cedo, que algo deveria ter acontecido entre Klaus e Caroline. A última cena que fiz em The Vampire Diaries foi entre os dois, “Eu pretendo ser o seu último amor.” Não acho que os escritores vão deixar esse casal não acontecer, pois se não, essa cena nunca teria acontecido. Mas os fãs talvez tenham que esperar por um bom tempo ainda. O interessante é que isso não era pra acontecer, Klaus simplesmente falou à Caroline sobre as grandes coisas que o mundo poderia oferecer e a coisa deu tão certo que os escritores acharam melhor continuar. Portanto, no momento, eu realmente não sei o que vai acontecer, mas fico muito contente que Klaus tenha alguém lá fora que ele se importe, alguém além de New Orleans que está com ele seja presencialmente ou não.
Quando você descobriu sobre toda a história da gravidez de Hayley você ficou tão chocado quanto a audiência?
Eu nem ao menos percebi que o bebê era de Klaus, no primeiro momento. Eu sabia apenas que haveria um bebê e sabia que seria a personagem de Phoebe que teria tal criança. Eu só havia contracenado com ela naquele episódio em que Klaus e Hayley passam a noite juntos, mas por alguma razão não tinha ligado um ponto a outro. O que pensando bem foi totalmente ingênuo da minha parte. Eu pensava que ela ficaria grávida de outra pessoa, um relacionamento antigo, algo assim. Depois de todo o engano, eu fiquei realmente muito feliz, pois sempre adorei explorar o lado vulnerável de Klaus juntamente com o lado monstruoso que ele tem. Ele sempre teve momentos vulneráveis, primeiro com a família, com sua mãe, com Caroline, com os irmãos e agora com o bebê. Se ele começar a se importar, veremos ele vulnerável de uma maneira que jamais vimos antes e isso também significa que qualquer um que ameaçar os que ele se importa se tornará seu inimigo o que também acarretará mais fúria. Enfim, é bom ser capaz de explorar todos os lados.
Charles, você alguma vez se preocupou com o fato de ter que interpretar Marcel de uma maneira convincente assim como Joseph faz com Klaus?
Não, porque eu conheço Joseph. Além do mais, eu precisei apenas conhecer o meu personagem, em seguida trazer meu próprio estilo e minhas próprias características à ele. Marcel é confiante e eu também sou assim, sempre tento me enraizar na confiança. Então, eu não estava preocupado. Dou crédito a Julie Plec, a Michael Narducci e aos outros escritores pela criação de um personagem tão específico. Isso tornou tudo bem mais fácil pra mim, pois pensei “Ok, eu tenho isso, eu posso fazer isso!”.
Você gosta de trabalhar de modo acelerado com está sendo com o enredo do seriado?
É bem explosivo! Eu pensava que algumas histórias levariam a temporada inteira pra se desenrolar. Mas lá pelo terceiro episódio todas as coisas que eu queria mostrar já estavam aparecendo. Nós fomos diretos pra isso! Devo admitir, fiquei bem impressionado. E várias coisas que eu esperava que fossem de um jeito realmente eram. Coisas como a personalidade de Marcel, mas algumas outras coisas me pegaram de surpresa, como por exemplo, a relação que ele foi desenvolvendo com os outros personagens, eu nunca teria imaginado. Quando eu descobri a maneira que Marcel controlava New Orleans eu fiquei tipo “O que mais meu personagem tem? Quantos segredos mais? Vou fazer só isso até o fim da temporada?”
Joseph, será que Marcel e Klaus podem ser verdadeiros aliados novamente?
Eu não sei. Assim como todos os outros relacionamentos do seriado, é complexo. O que eu gosto em relação à isso é que mesmo que haja toda aquela desconfiança e mesmo que Klaus queira tudo o que Marcel tem, porque era dele, ele ainda gosta de Marcel como amigo e certamente não quer vê-lo morto. Klaus só quer dar uma lição, ele quer o respeito que acha que é devido. É interessante saber que ainda há algo a mais além de ódio e é divertido interpretar esse lado.
Charles, você acha que Marcel desejaria que Klaus nunca tivesse aparecido?
Acho que sim, é muito frustrante. Klaus é como o diabo da Tasmânia que vem como um redemoinho e mexe em tudo, até na poeira. Marcel acabou de ser sugado por ele e agora está tentando rastrear seu caminho para fora.
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